Por entre portas, becos e discotecas de frequentadores alternativos, lá começamos a ouvir um megafone e algumas pessoas na rua com comportamentos misteriosos. Houve quem parasse para ver e admirar os movimentos tresloucados daquela gente.
À porta da Casa Conveniente, iam-se juntando cada vez mais pessoas. A fila de espera era já de 20 pessoas. Lá dentro, cabem à volta de 30 pessoas espalhadas por umas cadeiras de origem desconhecida. Pareciam cadeiras de cinema super velhas que se juntavam a outras que pareciam as cadeiras da casa dos nossos avós. Velhas que só elas.
Lá entrámos.
“Rir tendo consciência da tragédia” – a partir do universo de Mário Cesariny.
O que vivi e senti lá dentro não vos descrever porque seria um texto imenso. Só vos digo que fiquei extasiada com tanto empenho, tanta frescura, tanta entrega, tanta energia, tanto desprendimento, tanta originalidade, tanta surpresa, tanto tudo. Adorei cada minuto.
Os actores (só gente nova) que interpretam os textos com uma paixão arrebatadora deixaram a audiência reduzida a flutuar em tanto surrealismo.
Se não foram ver, deviam ter ido. Eu fui e ainda bem.
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