Para muitas mulheres, basta que o marido, namorado, amante, companheiro, o que for, não lhes faça alguma coisa. Por exemplo: basta que não lhes desarrume a casa, não lhes ponha a roupa no chão, não chegue a casa às tantas, não lhes bata, não as maltrate, enfim… há um sem-fim de coisas que só de falar nelas já me irrita.
Espanta-me como é que há mulheres que se contentam pelo facto dos maridos não serem tão beras como eram no século passado. Esta subserviência enerva-me e deixa-me virada do avesso.
Não me parece muito exigir que a pessoa que amamos e que escolhemos viver o resto da vida não se limite a não fazer alguma coisa. Essa pessoa não nos deve servir apenas para “não dar trabalho”. Tem que nos dar muito mais além da conta. Tem que nos fazer transbordar todos os dias um bocadinho. Só assim conseguimos viver apaixonadas o máximo de tempo possível.
O diálogo da imagem é muito mais do que esta mensagem, eu sei, mas fez-me reflectir sobre a quantidade de pessoas que vivem assim. Conformadas com aquilo que têm. Com a resposta do “e já é bem bom” sempre pronta. Quero acreditar que são apenas pontos de viragem, porque no fundo, no fundo, todas queremos que a pessoa que amamos nos faça rir muito e que o chorar seja sempre em conjunto. Nunca sozinhas.
1 comentário:
Felizmente que, também a este nível, as relações evoluíram. Mas ainda há muito para caminhar para que as mesmas façam realmente sentido todos os dias. Gostei em especial da parte "a pessoa que nos amamos nos faça rir muito e que o chorar seja sempre em conjunto. Nunca sozinhas". Ótimo.
P.
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