Apetecia-me escrever sobre as direitas e as esquerdas deste país mas já nada me apetece... Deixo-vos este editorial do Público para que o leiam sem pensar à esquerda ou à direita. Ler, apenas. Colher e processar informação dentro das vossas cabeças que não acredito serem de tão pouco alcance. Apenas três notas mentais; um, quando votamos nas legislativas, não estamos a votar para eleger um primeiro-ministro, estamos a votar para eleger um determinado número de deputados na assembleia; dois, da mesma maneira que sempre foram aceites coligações à direita, porque raio é que as à esquerda não podem acontecer?; três, as pessoas que votam no PCP e no BE têm tanto poder de voto como quem vota no PS, no PàF e nos restantes partidos. O fim da democracia acontece quando as pessoas acham que a sua cruz vale mais do que a cruz dos outros.
2 comentários:
1 - Ler o editorial do Público sem pensar à esquerda ou à direita é impossível pois o Público é de esquerda. Tal como o Observador é de direita. O Editotorial não é neutro
2 - Numa análise neutra da situação, facilmente se classifica esta "democracia" como enviesada. Num pais cuja constituição permite (e bem) partidos de extrema-esquerda, mas proibe partidos de extrema-direita, não é sério achar que os votos são todos iguais. O processo nasce sempre inquinado à partida. Há votos que valem mais do que outros.
Clubes. Isto está como os clubes. O artigo até podia ser escrito no avante, ou no dia.
Certo é que se fosse na BBC já se lia de outra forma. Sem preconceitos clubisticos do jornal de onde vem. By the way : o Público é de esquerda ? Só se for porque não é de direita nem de esquerda. É central e tem de tudo. É até bastante independente. Alterna opinião do Vasco Pulido Valente, com a do Rui Tavares, do MEC ou do João Miguel Tavares. É independente. Contudo até essa palavra em Portugal tem som clubistico.
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