quarta-feira, 4 de julho de 2018

bem-vinda luísa


A nossa filha chegou no passado dia 16 Junho à tarde. Quase quase no limite das 40 semanas, quando eu achava que íamos começar a indução para parto normal, eis que o médico me avisa que a posição do colo do útero não ía deixar ser parto normal nem naquele dia nem daí a tantos outros. "Vamos para cesariana, Cláudia." Pumbas... estômago apertado mas de imediato "Vamos embora!". O marido tinha aproveitado para sair durante 15 minutos para almoçar e voltar para perto de mim, onde aliás, esteve o tempo todo. Foi nesses 15 minutos que o meu médico me anunciou o que iríamos fazer. Liguei ao marido e avisei que ía começar a rambóia. Dali segui para o bloco de partos, prepararam-me... fizeram-me esperar 30 minutos até à epidural (tinha bebido um Compal de Maçã à bruta há menos de 15 minutos e o anestesista quis esperar). Depois da espera, a pica nas costas, pernas dormentes e começou a maluquice. Puxa, repuxa e em menos de nada um corpinho virado de cabeça para baixo a chorar desalmadamente aparece no meu campo de visão direito. Era a minha filha. Caramba... como é que aquilo tudo estava aqui arrumado? E atenção, eram três quilos de gente com 47 cm mas mesmo assim pareceu-me enorme. O marido sempre ao meu lado, com os olhos absolutamente vidrados na miúda. De dentro da minha barriga até voltar para mim, esteve sempre debaixo do olho do pai. Estava tudo bem. Eu e ela passámos a ser 2 pessoas... separámo-nos da melhor maneira possível. Ela com saúde e eu, ainda que toda partida, estava bem. Estava lúcida (tenho sempre medo que as anestesias me levem a massa cinzenta!). Seguiram-se os 3 dias habituais de hospital e logo logo chegámos a nossa casa. Desde então temos vivido cada minuto com uma felicidade imensa, mesmo nas 18 noites em que não durmo mais de 3 horas seguidas. Ainda assim... vale tanto a pena. Bem-vinda Luísa, nossa Luísa. 

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