compras à medida

Posso-vos dizer que não compro roupa ou sapatos para mim há uns quantos meses. Acho que desde julho, quando fui à Primark comprar uns vestidinhos para levar para o México. A crise sente-se nestas pequenas coisas. A verdade é que não ando maltrapilha ou com roupas ruças ou rotas. Tenho muita roupa. No tempo das vacas gordas comprava roupa a toda a hora. Agora, se quero ter as contas pagas, comida na barriga, gasolina no carro, passe cp/metro no bolso, arames apertados nos dentes, casa limpinha, massagens quinzenais ao lombo e alguns jantares mais sofisticados, há que fazer sacrifícios. Por isso, o capricho das roupas giras mas que vendo bem até nem preciso [sim, eu sei que se formos a ver bem as coisas e em condições normais, a roupa que temos nunca é a mais porque é toda diferente], já era. Há outras prioridades e, em tempos de crise, temos mesmo que eleger aquelas que são mesmo prioridade.