quinta-feira, 26 de abril de 2018

ser livre na gravidez


(post escrito com demasiadas asneiras... mas a grávida pode)

Nestes oito meses de gravidez tenho tido alguma sorte. Nada de enjoos, as dores de costas parece que estão a acalmar, nada de patas de elefante, os calores só agora estão a começar e até as borbulhas andam afastadas de mim. Não me sinto uma lontra anafada, ando dentro do normal e não tenho uma pança descomunal. Consigo atar os meus atacadores sozinha e consigo trabalhar, com calma, mas consigo [às vezes o homem dá-me na tola]. O meu cérebro ainda não se queimou totalmente apesar de andar mais esquecido [os lembretes e as listas de to dos têm sido uma constante]. Tenho noites que não durmo especialmente bem, acordo sempre que tenho que mudar de posição [ora para o lado esquerdo, ora direito... não há grande criatividade] e pelo menos uma vez para ir ao wc. Sono, esse tenho algum especialmente a partir das dez da noite. Mas houve uma coisa que a semana passada me levou ao desespero... gases! Esses filhos de uma grande puta. Sabem lá o que eu passei durante 5 dias à conta dos cabrões dos gases... chorava de dores e do desespero de não saber o que fazer para que passassem. Fui às urgências e, depois de visto que estava tudo bem e que eram mesmo gases, deram-me uma xaropinho. Foda-se... um xaropinho?!!! Esquece, nada fez. Desespero absoluto. E pior, sempre que chorava e soluçava a dor piorava. Uma merda. Uma puta de uma dor que mais parecia um ataque cardíaco iminente. Ao que parece o cólon de uma grávida sobe aqui para perto da mama esquerda [wtf! tenho este corpo todo baralhado!]. Lá consegui chegar à fala com o obstetra e quase com uma faca ao pescoço do homem, ameacei-o de morte se não me desse remédio para os filhos da puta dos gases. Ele entrou com tudo, Nolotil e Aero-om. Pumbas! Lá foi o pai da criança à farmácia de serviço comprar as drogas. Tomei tudo a que tinha direito e a dor foi sossegando. Hoje sou uma mulher nova e por isso, juro aqui a pé juntos, que não haverá gás intestinal [e outros] que sobreviva no meu corpo mais do que o necessário à sua formação. A partir de agora é largar tudo. quesalixeoambientequemerodeia! Viva a liberdade! Viva!     

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