«Quando se Ama, o Amor do outro nunca chega. Vai chegando, quando se é correspondido, o que é completamente diferente. Ir chegando é isso mesmo. Quer dizer que se vive com a permanente sensação de que se gosta mais do que se é gostado. É um desequilíbrio que se sente permanentemente, mesmo quando a razão nos diz que não é assim.É por isso que ansiamos sempre por um qualquer sinal que respire Amor (um toque numa mão, um sorriso transparente, uma palavra suave ou um abraço prolongado) e, assim que ele acontece, ficamos à espera de outro que nunca mais chega. Assim que se sobe às nuvens por uns segundos, cai-se vertiginosamente na terra. De novo.Quando o Amor perde isto, deixa de ser Amor, ainda que possa ser outra coisa qualquer desigualmente boa, ou desigualmente má. Igual, igual, não há nada.»
Mais um bom texto do Bagaço Amarelo.
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