Entre a conversa do costume (normalmente, não há muitas novidades porque falamos numa base quase diária) e muitas risadas (quase sempre de ir às lágrimas porque somos as duas umas fáceis nessa matéria) falámos sobre um aspecto muito importante – a poupança, uma tema maravilhoso e que normalmente não tenho muito a acrescentar. Não sou uma gastadora compulsiva e muito, mas muito menos, uma poupadora de 1ª classe. Gosto de gastar e poupar q.b.
Com esta conversa, cheguei à conclusão que cada vez dou mais importância ao dia-a-dia e que apesar de concordar que “sim, temos que ter algum dinheiro de parte”, a verdade é que o ano tem 365 dias (ou 366 de 4 em 4 anos) e não podemos direccionar todo o nosso dinheiro para os 25 dias que temos de férias ou para uma coisa qualquer que queremos comprar só porque sim.
Sabe tão bem ir tento algumas experiências ao longo do ano que nos façam sentir bem sem ter aquela maluqueira do “eh pá, não posso ir jantar à 2780 Taberna porque vou para Freixo de Espada à Cinta em Agosto” ou o “eh pá, não consigo ir passar um fim-de-semana ao Douro porque estou a pensar trocar de carro”.
Tanto me irritam aqueles que dizem que “quero lá saber do dinheiro, vou mas é estoirar tudo nos saldos e depois logo se vê!” como aqueles que se cortam para tudo porque estão sempre em “modo poupança”. Trabalham o ano todo, juntam dinheiro até aos olhos, orgulham-se de dizer que têm 10.000 euros no banco e depois são uns pobres de espírito que se pusessem a vida num espremedor de citrinos não dava sequer para encher um Compal Essencial.
Resumindo, "nem tanto à terra nem tanto ao mar", mais vale ficarmos ali num sítio com pé, porque assim temos a terra e o mar à mão (que belo trocadilho!).
A vida é feita de experiências que temos que aproveitar nos timings certos, caso contrário, ficamos ocos e sem nada para contar aos nossos netos. E esses, esses precisam é de histórias para se rirem e para crescerem com saúde mental e não de impérios e heranças que não dão valor nenhum. Um avô que passou a vida a poupar tem o quê para contar aos netos?! Nicles. Nicles batatóides.
4 comentários:
Concordo totalmente contigo Cláudia. Só que hoje em dia são tantas as coisas em que gostaríamos de gastar dinheiro que por vezes é muito difícil decidir. A vida é para se ir vivendo e o dinheiro é para se ir gastanto. Umas vezes numas coisas mais baratas outras vezes em coisas mais caras. Comigo e com o André temos vindo a aprender a gastar. Eu era uma poupadora compulsiva,mas tive de aprender que o dinheiro é para se ir gastanto e que tenho de aproveitar enquanto não tenho filhos para poder ir tendo os meus luxos, porque depois de ter filhos provavelmente os meus "luxos" vão ser para os meus filhos. Digo eu... eu sei lá o que é ser mãe!
Mas olha gostei daquela frase de espremer e não dar para encher um Compal Essencial. Boa!
Olha olha a falar em filhos!!! :)
Ainda por cima nem estava a falar daqueles que têm 2 frutas diferentes que ainda são grandes, são mesmo aqueles de 6 morangos, super pequeninos.
E que bem que sabem fins-de-semana fora e jantares regados com bom vinho durante a semana!! :)
E com jetinho...sempre se consegue umas férias à maneira em Agosto!
Com aquilo que ganhámos...acho mesmo que somos os melhores gestores do mundo! Queria ver o Champalimão a poupar, com um salário como o nosso....
P.
Hello,
Depois dos primeiros anos de vida armado em Tio Patinhas - influência de muitos e muitos Hiper Disneys - felizmente que hoje sou apenas Tio. Recordo, com pouca saudade, o tempo em que ficava com as gorjetas nos restaurantes! Concordo em absoluto contigo. O dinheiro é naturalmente importante mas apenas e só se tiver vários propósitos. E propósitos diários que nos satisfaçam. Mais do que viver sobre uma história de BD, faz todo o sentido sermos as personagens principais dessa mesma história. E isso passa por gastar e viver!:)
Já agora, nicles batatóides também para ti. Acho que isso passa com um Aspegic:)
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